UFLA tem dois projetos selecionados para o Programa “Solidariedade Acadêmica” da Capes
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) teve dois projetos selecionados para o Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação Solidariedade Acadêmica (Edital nº 30/2022), o que foi anunciado durante o Seminário Marco Zero, realizado na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Docente (Capes) em 15/5. O programa tem como objetivo apoiar projetos voltados ao acolhimento de docentes e pesquisadores refugiados, que tenham interesse em atuar no Sistema Nacional de Pós-Graduação como Professor Visitante no Brasil.
O Edital nº 30/2022 foi publicado em junho de 2022 pela Capes e, em abril de 2023, foram iniciados os procedimentos de implementação dos projetos aprovados. Durante este intervalo, a Capes realizou reuniões técnicas com o intuito de estreitar relações com os coordenadores de projeto, apresentar o sistema Capes de gestão dos projetos e estabelecer um canal de comunicação para dúvidas e esclarecimentos. Participaram desses momentos, além da equipe da Capes, a chefe da Unidade de Proteção do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em Brasília, Silvia Sander, e a oficial-assistente de Reassentamento e Vias Complementares, Andrea Cristina Godoy Zamur.
A pró-reitora de Pós-graduação da UFLA, professora Adelir Aparecida Saczk, que representou a Universidade durante o Seminário, explica que dos 24 projetos apoiados pela Capes, a UFLA teve dois projetos selecionados para o Programa Solidariedade Acadêmica. “Um deles é iniciativa conjunta entre os Programas de Pós-graduação Microbiologia Agrícola, Botânica Aplicada e Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares, e o outro projeto é do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal, com o foco em aprofundar os conhecimentos em relações fonte-dreno de cafeeiros”.
Cada projeto foi contemplado com 80 mil reais em recursos de custeio, distribuídos para os anos de 2023 e 2024, e duas bolsas nas modalidades professor visitante no Brasil, no valor de 14 mil reais, por 24 meses, e de pós-doutorado, no valor de 5 mil e 200 reais, por 12 meses. A implementação das bolsas para professor visitante no Brasil e pós-doutorado se dará até setembro de 2023. Os interessados precisam ser docentes ou pesquisadores estrangeiros refugiados no Brasil, vinculados a uma instituição de ensino ou pesquisa em seu país ou fora dele, e ter comprovada produtividade acadêmico-científica.
“Como contrapartida ao fomento da Capes, a UFLA deverá disponibilizar para os pesquisadores refugiados o aprendizado de língua portuguesa, moradia estudantil e alimentação para dependentes com menos de 18 anos ou acima de 60 anos”, informa.
Para a professora Adelir, “os pesquisadores refugiados poderão contribuir para o desenvolvimento da pós-graduação a partir do intercâmbio de conhecimento científico e cultural, estímulo de publicações conjuntas de pesquisadores que atuam no país e no exterior, fortalecimento da política de internacionalização da UFLA, além de ser um projeto de relevância social”, finaliza.
