Você sabe a regra para o uso de vírgulas com nomes de pessoas?
Os nomes próprios de pessoas escritos numa frase podem ou não ser separados por vírgulas. E, nesse caso, a vírgula pode contribuir para achar uma situação, dar uma informação correta. É o caso, por exemplo, de filhos ou funcionários envolvidos numa questão jurídica. Se determinada empresa tem vários funcionários e foi um deles que, digamos, colidiu o veículo X, a frase será assim:
Afirma o réu que seu funcionário Mário Tadeu dirigia o veículo na ocasião.
Se tal réu tivesse apenas um empregado, o nome desse funcionário viria entre vírgulas:
Afirma o réu que seu funcionário, Mário Tadeu, dirigia o veículo na ocasião.
Neste último caso, o nome se torna um aposto explicativo, o que justifica sua separação por vírgulas.
Sendo assim, sempre que se referir a pessoa que tiver um cargo único e especificado na frase, como presidente da República, do Senado, da Câmara Federal, de um partido político, de uma empresa etc., ou governador de um Estado, faça a separação do nome da pessoa por vírgulas - uma ou duas, conforme sua posição na frase. Também é o caso de pai e mãe, que temos um só, e de marido e mulher.
A mãe de Caetano e Bethânia, dona Canô, é quase tão famosa quanto os filhos.
Mas quando se referir a um entre vários da mesma categoria - como ex-governador, ex-esposa, diretor de empresa (normalmente há mais de um diretor), professor de escola, habitante, ator, candidato etc. - não faça o destaque do nome entre vírgulas:
Um dos palestrantes foi o economista e especialista em gestão condominial César Thomé Júnior.
O ex-governador do Paraná Álvaro Dias concedeu entrevista a uma rádio de Maringá.
No caso de irmãos e filhos, depende. Filho único é separado por vírgulas. Havendo mais de um filho ou filha, as vírgulas não devem ser usadas:
O jornal publicou pequena entrevista com o filho de João Santana, Victor.
Vera Fischer e sua filha, Rafaela, aparecem juntas na foto.
Os irmãos Samuel e Sandra estarão competindo em tênis de mesa. [deduz-se que haja outros irmãos]
Fonte: Não tropece na língua (com adaptações) e Maria Tereza de Quiroz Piacentini
Paulo Roberto Ribeiro - DCOM


