Asteroid day: evento inédito na UFLA reuniu público de várias idades
UFLA promoveu pela primeira vez, no Museu de História Natural, o “Asteroid day”.
No último sábado (30/6), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) promoveu pela primeira vez, no Museu de História Natural, no câmpus histórico, o “Asteroid day”. O evento, que é anual, foi organizado pelos professores do Departamento de Física da UFLA (DFI/UFLA) José Alberto Casto Nogales Vera e Karen Luz Burgoa Rosso, responsáveis pelo projeto “Magia da Física e do Universo”, no qual estão incluídas as atividades da oficinal Festa das Estrelas. O objetivo foi promover a conscientização do público sobre os asteroides no mundo.
A programação começou às 19h e terminou às 22h. Professor Nogales e professora Karen fizeram uma breve apresentação das atividades do projeto que foram desenvolvidas no primeiro semestre. Logo após, o astrônomo amador que faz parte dos “Astrônomos sem Fronteiras” Cledison Marcos da Silva fez uma palestra sobre os asteroides, abordando descoberta, características, especificações, potencial de perigo para a Terra e curiosidades. Ele integra também a Bramon, organização sem fins lucrativos que tem como missão monitorar os meteoros, por meio de estações com softwares específicos, capazes de capturar dados e fornecê-los à comunidade científica. “Os asteroides são restos da formação do Sistema Solar. Nada mais é que um monte de entulho que fica girando em torno do sol. O termo “asteroide” vem do grego “áster”, estrela, e “oide”, semelhança. Que quer dizer uma quase estrela. Podemos afirmar que é um ponto brilhante que se movimenta”, explica Cledison Marcos.
Após a palestra, o público participou da observação astronômica, que ocorreu na rotatória próxima ao Museu. Foi possível observar cinco planetas, um cometa e o asteroide Vesta. “Nós realizamos a Festa das Estrelas desde 2011. E nossa clientela cresce a cada dia. Fazemos todos os sábados à noite. E como 30 de junho é dia do asteroide, nada melhor que realizar uma atividade para destacar essa data, com o Asteroid day”, diz professora Karen.
Amanda Maira do Nascimento veio com o esposo Diego de Abreu Cardoso e o filho Davi Nascimento Cardoso, de 5 anos, para participar do Asteroid day. Segundo ela, apesar da idade, o pequeno Davi é um admirador do céu. “Ele ama ficar olhando as estrelas e estava super ansioso para observar o asteroide Vesta”, conta. David Marques Alves de Jesus, de 11 anos, é um apaixonado pela astronomia. É curioso e inteligente. Aluno do Centro de Desenvolvimento do Potencial e Talento (Cedet), ele já faz aulas de inglês, participa de uma atividade no curso de Engenharia de Controle e Automação e também faz aulas de astronomia na Universidade. “Eu gosto muito desse tema. Minha vontade é buscar cada vez mais conhecimento e me tornar um astrofísico”, conta.
De acordo com professora Karen com esse evento uma etapa foi finalizada e agora um novo ciclo começa em agosto com o evento “Astronomia Indígena”, que tratará de como os índios brasileiros observavam e liam a cúpula celeste. “Com essa correlação céu e chão, nós pretendemos fazer uma educação ambiental - o céu leva a mensagem, e não o caderno ou o livro. É preciso apenas saber observar”.
História do Asteroid day
O Asteroid day é um evento global que foi criado em 2014 pelo astrofísico e guitarrista da banda Queen Dr. Brian May junto com o ex-astronauta das missões Apollo Danica Remy e o cinegrafista Grig Richters. Foi em 30 de junho 2016 que as Nações Unidas declararam o Asteroid day como a data para conscientização sobre os asteroides. Já que nesse dia, no ano de 1908, um asteroide de chocou contra a Terra na Sibéria. Esse foi o fato histórico mais prejudicial que marcou o planeta. E por isso ficou conhecido como Evento de Tunguska.
Texto: Lisa Fávaro, jornalista - bolsista DCOM/Fapemig