Palestra realizada na UFLA abordou mindfulness como aliado no combate ao estresse
Ocorreu no sábado (15/9) na Universidade Federal de Lavras (UFLA) o evento "Mindfulness: neurociência e atenção plena para redução do estresse", com o médico Ulisses de Miranda Vieira. Aberto a toda comunidade, o encontro reuniu no Anfiteatro do Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA) estudantes, professores e membros da comunidade lavrense interessados no tema. O evento, que integra a campanha Setembro Amarelo, foi promovido pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), por meio de sua pela Coordenadoria de Saúde, e pela Liga Acadêmica de Psiquiatria e Saúde Mental (Lapsi). O objetivo foi apresentar e discutir como a técnica do mindfulness pode ser aliada ao tratamento de diversos transtornos mentais, além de promover um debate sobre o suicídio, alertando a população sobre a importância de sua discussão.
Ulisses iniciou sua fala explicando o que é a técnica do mindfulness e desmistificando alguns pontos, como por exemplo, o entendimento de que o procedimento está ligado a algum tipo de prática religiosa, ou que consiste apenas em uma atividade de relaxamento sem fins terapêuticos. Os participantes tiveram a oportunidade de experimentar alguns métodos de meditação propostos durante o evento. A intenção foi estimular a valorização da experiência pela prática da introspecção e contemplação do espaço por meio dos sentidos.
Durante a palestra, foram apresentados alguns dados que apontam para a importância de se debater e trabalhar pela promoção da saúde mental, principalmente dentro das universidades, espaço onde os índices de suicídios preocupam. Segundo Ulisses, em cada cem pessoas, trinta já passaram por algum tipo de transtorno mental durante sua vida, e em cada cinco, pelo menos uma vai ter algum tipo de transtorno nos próximos 12 meses. Ainda segundo o médico, ao se levar em consideração o baixo custo e a eficácia do tratamento, o mindfulness tem um potencial muito grande, pois além de garantir mais qualidade de vida aos pacientes, o programa também reduz a necessidade de acesso a outros serviços de saúde. Ulisses apontou também para a urgência de se investir mais em saúde mental, visto que o valor aplicado hoje em dia é muito pequeno se comparado ao investimento feito no tratamento de outras doenças.
Luiz Felipe Souza, bolsista DCOM/Fapemig