Veado-catingueiro é solto numa mata próxima a Lavras após tratamento no ambulatório de animais silvestres da UFLA
Após quatro dias de tratamento no Ambulatório de Animais Silvestres e Exóticos, pertencente à Faculdade de Zootecnia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (FZMV/UFLA), um veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) vítima de atropelamento foi reabilitado e solto numa mata próxima ao município de Lavras.
O animal chegou na clínica na quinta-feira (18/2), após ser socorrido por um motociclista sob a suspeita de atropelamento numa estrada próxima ao município de Lavras. Segundo a veterinária Samantha Mesquita Favoretto, responsável pelo ambulatório, o paciente é um veado-catingueiro, espécie comum na região, macho e jovem.
O veado foi internado por apresentar feridas superficiais na região da face esquerda, membros pélvicos e torácicos. No ambulatório, ele recebeu cuidados veterinários da equipe da UFLA, que realizou exames de radiografia e ultrassonografia no animal. “Após receber medicação para dor, o paciente se alimentou bem e voltou a se comportar normalmente. Como não sofreu lesão mais grave, ele pode ser solto novamente”, informou Samantha.
Em geral, animais silvestres resgatados após atropelamento não têm o mesmo destino. “A maioria dos animais atropleados chega com lesão de medula, não anda mais. Nesses casos, é ainda mais complicado devolver para natureza, sendo levados muitas vezes para cativeiro ou zoológico. Muitos deles morrem. Esse paciente, o veado-catingueiro, foi um caso fora do comum. Conseguimos tratar e fazer a soltura em pouco tempo”, disse.
No domingo (21/2), o veado foi solto com o apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais, órgão do sistema de proteção ambiental. O local onde o animal voltou a viver foi escolhido após avaliação da espécie e de suas necessidades básicas.
Ambulatório
O Ambulatório de Animais Silvestres e Exóticos da UFLA atende animais de vida livre, como maritaca, lobo-guará e tamanduá, além de animais que têm tutor, como coelho, porco da índia e calopsita. Uma equipe multidisciplinar formada por estudantes de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas, Zootecnia e Engenharia Ambiental e Sanitária mantém a estrutura do espaço e cuida dos bichos.
Reportagem: Pollyanna Dias, jornalista - bolsista da Comunicação UFLA