1ª Feira de Trocas da UFLA foi realizada na quinta-feira (1º/12), no Centro de Cultura
Foi realizada nessa quinta-feira (1º/12), no Centro de Cultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a 1ª Feira de Troca da UFLA, uma atividade em que as pessoas trocam produtos e serviços. O sistema de troca é algo que beneficia as partes envolvidas, já que ambas conseguem o que desejam naquele momento sem dispor de dinheiro.
A troca de produtos gera economia, movimentação de itens, aumenta as possibilidades para aqueles com renda reduzida e ainda contribui muito com o meio ambiente. A única regra efetiva é a não utilização de dinheiro.
Dessa forma, os valores dos bens e serviços trocados são baseados na utilidade e não no "valor de mercado”. Isso permite que as pessoas estabeleçam laços de cooperação, baseados em suas reais necessidades . As Feiras de Trocas são comuns em países como Canadá e Argentina, e ocorrem no Brasil, em outras universidades.
O estudante do Programa de Pós-graduação em Administração (PPGA/UFLA) Juliano Cougo destaca que, juntamente com a feira, também foram promovidos movimentos de recreação e valorização da cultura local. “Assim, integram-se outros valores à atividade, fundamentais para a inclusão social e para a cidadania. Acreditamos que a universidade deve ter esse compromisso com a sociedade”, ressalta.
A comissão organizadora também é formada pelos estudantes do PPGA Isabela Abreu, Kellen Abreu, Chivago Inácio, Tales Lemos e Sarah Lopes. A ideia inicial surgiu como uma atividade para o cumprimento da disciplina “Aproximações Teóricas sobre Colonialidade e Descolonialidade", ministrada pela professora Flávia Luciana Naves, da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FCSA/UFLA).
Juliano Cougo explica que foi proposta aos discentes a realização da Feira de Trocas como uma experiência de extensão universitária, que pudesse conectar as comunidades interna e externa à universidade, em uma proposta ativa de reflexão sobre consumo, meio ambiente e inclusão social. A ideia ganhou corpo com a aderência dos colegas e com o apoio do Laboratório de Estudos Transdisciplinares (LETRA) do Departamento de Administração.
“Fundamentalmente, a feira busca estabelecer redes de solidariedade entre os participantes, em uma dinâmica de trocas de bens e de saberes. Nesse sentido, os participantes levam algo que não utilizam mais e trocam por algo que possa ser útil e que, possivelmente, teriam que comprar. O mesmo vale para serviços, que podem ser oferecidos em troca de objetos ou de outros serviços”, relata.