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religião e racismo

Visita ao Projeto NegriCidade e Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos

Escrito por Camila Caetano | Publicado: Quinta, 21 Dezembro 2023 16:23 | Última Atualização: Terça, 09 Janeiro 2024 07:37
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Um grupo de 24 pessoas vinculadas à Universidade Federal de Lavras (UFLA) visitou, neste mês, o Projeto NegriCidade e o Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu), em Belo Horizonte. As conversas para a realização da visita iniciaram após o “Seminário Religiões e Racismo: Diálogos entre Universidade e Sociedade”, que ocorreu neste ano na UFLA.

O Muquifu, localizado na Vila Estrela, faz parte do conjunto de vilas do Aglomerado Santa Lúcia, conhecido como favela Morro do Papagaio ou Barragem Santa Lúcia. O Museu se dedica à preservação do patrimônio material e imaterial das vilas, favelas e quilombos urbanos de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Preserva em seu acervo fotografias, objetos biográficos, obras de arte, documentos variados, utensílios domésticos. objetos religiosos e vestimentas. Já o Projeto Negricidade busca resgatar os Territórios Negros do extinto Arraial do Curral del Rei, tendo como ponto de partida o antigo Largo do Rosário, onde a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos construiu a Capela do Rosário e um cemitério, no qual irmãos e irmãs do Rosário foram sepultados ao longo de aproximadamente 85 anos, do início ao fim do século XIX.

A supervisora do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da UFLA, Amanda Gazola Tartuci, compartilha que a visita intensificou a sua reflexão sobre a necessidade de reforçar a sua postura como defensora da igualdade racial, no dever de ser antirracista. "As histórias que o Muquifu e a Capela contam inspiram e encorajam a buscarmos um mundo mais justo e igualitário. Foi uma experiência de vida inesquecível", comentou. A Capela mencionada é o resultado da luta de um grupo de 14 mulheres negras da Vila Estrela, as quais estão representadas em afrescos projetados e pintados por Cleiton Gos e Marcial Ávila.

Para a professora Marina Battistetti Festozo, do Departamento de Biologia da UFLA, a visita foi muito mais que uma experiência museal, estética. "Foi uma experiência histórica, artística, sensorial, científica, gastronômica que na mesma medida que nos proporcionou enorme encantamento e emoção, também nos alertou para a necessidade de revisitarmos a história do nosso povo, povo brasileiro, reconhecendo as injustiças, os falsos heróis, colocando a importância da luta e da cultura do povo negro, sobretudo de mulheres periféricas como patrimônio da humanidade. Um convite à profunda reflexão sobre nosso passado e presente, que nos indaga sobre que papel temos assumido na construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e sustentável", afirma.

 
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