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defesa das mulheres

Projetos de extensão da UFLA se unem em oficina voltada à autonomia e à proteção de mulheres

Escrito por Cibele Aguiar | Publicado: Quarta, 26 Novembro 2025 09:31 | Última Atualização: Quarta, 26 Novembro 2025 12:17
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A sala de lutas do Ginásio Esportivo da Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu, nessa terça-feira (25/11), o evento “Defesa é Cuidado: o Despertar para a Defesa Pessoal Feminina”, promovido pelo projeto de extensão Niara, em parceria com a Escola de Artes Marciais (@dojufla). A atividade reuniu mulheres da comunidade acadêmica em uma experiência formativa que uniu acolhimento, reflexão e prática corporal, marcando o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

A oficina foi conduzida pelo professor Álex Sousa Pereira, docente do Departamento de Educação Física (DEF) e coordenador do Dojufla. Ao longo do encontro, o professor destacou que a defesa pessoal feminina vai além do domínio de técnicas físicas. Segundo ele, essas técnicas são importantes e podem salvar vidas, mas representam apenas a última etapa de um processo muito mais amplo, que começa com a consciência de si, a leitura do ambiente e o fortalecimento emocional. 

Consciência e autonomia

WhatsApp Image 2025 11 26 at 09.21.53 3De acordo com o professor Álex, a verdadeira proteção nasce da capacidade de reconhecer situações de risco, identificar relações perigosas, construir redes de apoio e compreender o corpo como território de autonomia. A defesa pessoal, explicou, “não é sobre força ou violência: é sobre estratégia, preparação realista e sobrevivência”. 

Na oficina, foram trabalhados conceitos que fundamentam o aprendizado progressivo da defesa pessoal, como: 

  • compreensão técnica: entender como o movimento funciona no corpo;

  • compreensão tática: saber quando e por que usar cada ação;

  • compreensão organizacional: aprender a agir no ambiente, mover-se e escapar;

  • compreensão emocional: reconhecer e gerenciar as próprias reações, inclusive o medo.

O professor reforçou que uma técnica só funciona se for treinada. “O corpo precisa repetir, sentir, memorizar; a mente precisa compreender o porquê de cada movimento; a tática precisa ser lembrada sob pressão. Mais do que isso, a mulher precisa desenvolver um saber sensível sobre seus próprios limites e potencialidades”, explicou.

Entre as reflexões apresentadas, Álex ressaltou que a força feminina não está na violência, mas na consciência. A verdadeira proteção ocorre quando a mulher entende seu valor, confia na intuição, reconhece limites e fortalece a própria voz. “A técnica pode ser a última porta”, explicou, “mas o processo de compreensão é a chave que abre todas as outras”.

Extensão universitária 

A proposta do projeto Niara reforça o compromisso com ações integradas de combate à violência de gênero. O projeto oferece assistência jurídica e psicológica gratuita a mulheres em situação de violência, buscando acolher e ressignificar trajetórias. Ao lado do Dojufla, que trabalha o cuidado por meio do corpo, a iniciativa promove uma formação que alia prevenção, autoconhecimento e autonomia.

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