Distribuição de chips do 'Projeto Alunos Conectados' auxilia nas ações de assistência estudantil
Mais uma ação que busca dar suporte aos estudantes durante o período de Estudo Remoto Emergencial (ERE) está em curso. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu chips com pacotes de dados para acesso à internet destinados a atender estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, para que tenham acesso à web fora do câmpus e possam desenvolver as atividades acadêmicas durante o período de distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19.
A prestação desses serviços de internet, com base no programa lançado pelo Ministério da Educação (MEC) “Alunos Conectados”, é feita pelas empresas Claro, Algar e Oi, sob a coordenação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) selecionou inicialmente, para inclusão no Programa, 96 estudantes que atendiam aos critérios do programa “Alunos Conectados” (renda per capita de até um salário mínimo e meio), abrangendo calouros de 2020/2, estudantes de pós-graduação e outros graduandos que ainda não estavam sendo assistidos pelo Programa de Acesso Digital da UFLA (PAD).
A distribuição dos chips ocorre no decorrer desta semana. Estudantes de Lavras estão retirando os chips na Praec, câmpus histórico. Para quem reside em outros municípios, o envio será via Correios.
A entrega dos chips com pacotes de dados complementa ações da UFLA para subsídio ao ERE, que tiveram início logo no início da retomada das aulas, em junho. O auxílio acesso-digital foi anunciado em maio para ressarcir parte dos custos dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica com provedores de internet. Em junho a iniciativa foi aperfeiçoada e transformou-se no Programa de Acesso Digital (PAD), passando a ser uma modalidade de Bolsas de Desenvolvimento Institucional. O valor mensal do benefício chegou a R$ 100,0, e 602 estudantes estão sendo atendidos com esse benefício.
Indo além do suporte para acesso à Internet, a UFLA publicou, em julho, edital do Programa Emergencial Integrado (PEI), que reúne as modalidades de bolsa-moradia emergencial e bolsa-alimentação (I e II). Essa iniciativa está atendendo a 574 estudantes. Os valores das bolsas são, respectivamente, R$ 300,00, R$ 240,00 e R$ 180,00.
Antes mesmo de o ERE ter início, a Universidade disponibilizou outros auxílios para dar aos estudantes apoio para lidar com a rápida mudança de cenário imposta pela pandemia. Para que 77 estudantes da Moradia Estudantil pudessem retornar para suas casas, foi concedido auxílio-transporte. Para os que necessitaram ficar em Lavras, a ajuda foi com auxílio-moradia. Houve também distribuição de 400 auxílios cesta-alimentação a estudantes de alta vulnerabilidade socioeconômica de Lavras, até agosto, quando foi implementado o PEI.
Outra ação a ser implementada em breve é o Programa de Empréstimo de Computadores (PEC-ERE), que terá como objetivo realizar o empréstimo de notebooks, recém-adquiridos pela UFLA, para auxiliar os estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica que não dispõem de um computador para acompanharem o ERE. O programa será implementado pelas pró-reitorias de Assuntos Estudantis e Comunitários e de Graduação (Prograd).
O conjunto de ações de assistência estudantil busca dar suporte aos estudantes durante a pandemia. Para o reitor da UFLA, professor João Chrysostomo de Resende Júnior, são iniciativas necessárias para apoiar os estudantes nesse cenário atípico. “Os estudos remotos, pelo contexto em que se impuseram, já são um desafio para todos os profissionais e estudantes, mas para estudantes em alta vulnerabilidade socioeconômica, as dificuldades para manterem suas atividades acadêmicas são diversas e bastante limitadoras. Por isso, a Universidade tem buscado, por todos os meios possíveis, proporcionar suporte que reduzam essas dificuldades”, comenta.
O pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários, professor Valter Carvalho de Andrade Júnior, reforça que todas as ações implementadas pela UFLA têm como objetivo central o apoio aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “Isso para que consigam acompanhar o ERE e continuem matriculados em seus cursos, ou seja, permaneçam na Universidade. A situação imposta pela pandemia tem afetado as famílias de todos os estudantes, mas principalmente as mais vulneráveis, o que exige da Universidade ações eficientes no sentido de contribuir com a permanência desses estudantes na Universidade".