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primeiro nanoscópio

UFLA terá apoio da Fapemig para a consolidação e expansão dos laboratórios multiusuários

Escrito por Cibele Aguiar | Publicado: Quarta, 16 Agosto 2023 16:13 | Última Atualização: Quarta, 16 Agosto 2023 16:54
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Projeto institucional da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - Fapemig, no âmbito do Programa Institucional de Consolidação da Pesquisa Científica e Tecnológica. O projeto intitulado “Consolidação e Ampliação da Infraestrutura Multiusuário na UFLA para Inovação Sustentável em Minas Gerais” reúne 36 pesquisadores da UFLA e de instituições parceiras e terá um aporte financeiro no valor de R$4.236.664,00, o segundo valor mais alto atribuído à uma instituição na Chamada. 

O objetivo é consolidar e ampliar os laboratórios multiusuários da UFLA para a inovação na fronteira de sistemas de conservação, da nanotecnologia e suas aplicações para o desenvolvimento sustentável e descarbonização das cadeias produtivas. O apoio vai possibilitar a aquisição de equipamentos de ponta para o estudo de processos ecológicos e agroindustriais baseados em carbono, nanomateriais e nanotecnologias.

O projeto prevê a estruturação do Centro de Ciências Ambientais e do recém criado Laboratório Multiusuário de Nanoespectroscopia (LMN), com a instalação na UFLA do primeiro nanoscópio óptico com aspectos exclusivos mundialmente. Esses espaços multiusuários terão a coordenação, respectivamente, dos professores Rafael Dudeque Zenni e Jenaina Ribeiro Soares, do Instituto de Ciências Naturais (ICN)

O nanoscópio tem a capacidade de revelar imagens e informações espectrais ópticas na escala do nanômetro (medida 1 bilhão de vezes menor que o metro), ultrapassando limitações da microscopia óptica convencional (na ordem de centenas de nanômetros) o que permite, por exemplo, entender novas propriedades do grafeno. Ele é composto por átomos de carbono que se encontram dispostos em uma folha de espessura atômica que, em conjunto a outros materiais, têm propriedades ópticas e eletrônicas promissoras para aplicações desde eletrônica para telas flexíveis, dispositivos eletrônicos em nanoescala, energias renováveis, aplicações em agricultura e aproveitamento de resíduos.

estudante conservação2A infraestrutura e os equipamentos multiusuários abrirão novas fronteiras de exploração científica, de inovação e desenvolvimento de tecnologias no âmbito do Sistema Mineiro de Ciência, Tecnologia e Inovação. O projeto prevê, entre outras ações, o desenvolvimento de nanotecnologias para estoque de carbono no solo (biocarvão), nano fertilizantes de liberação lenta, novas embalagens sustentáveis e inteligentes e o estudo de interações de microrganismos em insumos.

De acordo com o pró-reitor de Pesquisa da UFLA, professor Luciano José Pereira, coordenador institucional do projeto, o apoio vai possibilitar a formação de recursos humanos altamente especializados e a transferência de tecnologias para o setor produtivo. Além disso, os resultados e impactos esperados deverão contribuir para que Minas Gerais se destaque no desenvolvimento de nanotecnologia voltada para o agronegócio e mineração de forma sustentável, bem como para alcançar a meta de emissão líquida zero de carbono até 2050.

Contexto da proposta

A urgente necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e de promover ações contra as mudanças climáticas têm sido objeto de pesquisa em todo o mundo. Minas Gerais assumiu o compromisso de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, mas ainda há muitas incertezas sobre como atingir essa meta. Hoje faltam conhecimentos sobre como é possível utilizar melhores estratégias naturais e também produzir tecnologias para processos produtivos mais sustentáveis, gerando menor emissão de carbono e maior aproveitamento dos resíduos, com menor contaminação por compostos indesejados e menor gasto de energia. 

Atualmente, a UFLA conta com 17 laboratórios multiusuários, que fazem parte da Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na UFLA, a infraestrutura beneficia 152 grupos de pesquisa (registrados no CNPq), que atuam em 754 linhas de pesquisa e desenvolvem 364 projetos de pesquisa financiados. Além disso, 716 docentes são atendidos, incluindo 152 bolsistas PQ/CNPq. 

O sistema também é aberto e utilizado por instituições nacionais e internacionais parceiras, assim como serve de referência para empresas que mantêm acordos formalizados com a Universidade. Essas parcerias deverão ser ampliadas com a consolidação do Parque Científico e Tecnológico de Lavras - LavrasTec, que já abriga startups e empresas incubadas e em breve terá o lançamento de chamada para novas empresas-âncoras.

Foto 1 e 3: Imagens ilustrativas do nanoscópio óptico

Foto 2: Estudante da UFLA durante medição de estoque de carbono em ecossistemas florestais

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