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Preservação

Tombamento: Câmpus Histórico da UFLA é patrimônio cultural de Lavras

Escrito por Cibele Aguiar | Publicado: Quinta, 08 Fevereiro 2024 18:39 | Última Atualização: Terça, 20 Fevereiro 2024 09:08
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O Câmpus Histórico da Universidade Federal de Lavras (UFLA) tornou-se patrimônio cultural do município de Lavras. O decreto de tombamento foi publicado após aprovação por unanimidade pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Lavras. Ao mesmo tempo em que reconhece a relevância do complexo de construções históricas, o tombamento implica medidas de proteção e conservação que garantem a sua integridade. Além de proteger esse valioso patrimônio cultural e histórico, promove o desenvolvimento econômico, social e educacional da região, preservando a identidade e a memória para as  gerações atuais e futuras.

Para a coordenadora do Setor de Patrimônio Museológico da UFLA, Patrícia Muniz Mendes, essa conquista marca um momento significativo, pois reconhece e valoriza a riqueza cultural, arquitetônica e histórica da UFLA. Ela explica que o tombamento é mais do que uma simples formalidade; é um compromisso duradouro com a preservação deste espaço para as gerações futuras. 

“A partir de agora, cada tijolo, cada corredor e cada árvore em nosso Câmpus Histórico ganha um novo significado, um valor acrescido de proteção e cuidado. É nosso dever coletivo zelar por esse legado, mantendo viva a história que nos trouxe até aqui. Este é um triunfo compartilhado, fruto do trabalho árduo e do compromisso conjunto com a preservação de nossa identidade.”, considera a museóloga. 

Câmpus Histórico3E a ideia é que essa proteção seja ainda ampliada. De acordo com o reitor da UFLA, professor João Chrysostomo de Resende Júnior, um entusiasta da proposta de preservação e tombamento do Câmpus Histórico, foram iniciadas as conversas com o Iphan para que haja um tombamento federal. “Estamos trabalhando para facilitar o acesso ao local, porque o objetivo é que a população de Lavras esteja integrada ao espaço, e ele possa funcionar como centro de lazer e cultura da cidade. A ideia é que a população passe a usar esse espaço cada vez mais como dela, porque é dela”, comentou o reitor”, reforçou. 

O tombamento e a preservação desse complexo asseguram a continuidade da história e cultura locais, assim como contribuem para a promoção do turismo cultural e o desenvolvimento sustentável da região. Patrícia Muniz completa: “Não é apenas um conjunto de edificações antigas; é um testemunho vivo da história da universidade, da comunidade local e da relação entre o espaço rural e urbano ao longo dos séculos XX e XXI. Preservar esse patrimônio significa manter viva a memória e identidade da região”.

Para a pró-reitora de Extensão e Cultura da UFLA, Christiane da Rocha, a preservação do Câmpus Histórico da UFLA contribui ainda para a educação, pesquisa e extensão, fornecendo um ambiente rico em história e arquitetura para estudos multidisciplinares. A conservação dessas estruturas possibilita ainda a participação em programas de incentivo à cultura, garantindo recursos para sua manutenção e restauração. "Conservar o patrimônio está diretamente vinculado à ideia de educação para a cidadania. O tombamento desse conjunto, além da importância museológica, traz a preservação da nossa história, da UFLA e região".

Um pouco da história

O Câmpus Histórico foi iniciado em 1920, com a construção do prédio “Álvaro Botelho”, também denominado “Pavilhão de Ciências” (inaugurado em 14 de julho de 1922). Este prédio alocou salas de aulas, biblioteca, laboratórios, além de ter sido instalada a diretoria e alguns setores administrativos da Escola Agrícola de Lavras (EAL). No início da década de 1980, após reforma, o prédio passou a abrigar o Museu Bi Moreira (MBM) - edificação que foi tombada em 23 de março de 2006, por meio do Decreto nº 6.671.

Já o prédio Odilon Braga foi inaugurado em 24 de agosto de 1937, durante a 10ª Exposição Agropecuária Regional de Lavras. Este prédio ficou fechado alguns anos devido à transferência para o “Câmpus Novo”, mas foi reformado e abriga, desde 1998, o Museu de História Natural (MHN) da UFLA.  

No final da década de 1950, o câmpus da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) já contava com mais de 20 construções, tais como: residência do diretor; diretório acadêmico; “salas” de química, topografia, mecânica, tecnologia; sede do laticínio; dormitórios, entre outros. Com a mudança da Escola para o “câmpus novo”, no final da década de 1960, esses prédios foram ganhando outros usos culturais e administrativos, destacando as sedes dos museus da UFLA.

Clique neste link para acessar o Decreto de Tombamento assinado pela prefeita municipal Jussara Menicucci

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