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ACESSIBILIDADE

Cordão de girassol pode contribuir para a melhoria do dia a dia de pessoas com deficiência oculta na UFLA

Escrito por Gláucia Mendes | Publicado: Terça, 03 Dezembro 2024 09:02 | Última Atualização: Terça, 03 Dezembro 2024 09:22
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A estudante Débora Rossini tem uma disfunção neuro-visual e usa o cordão de girassol

No mês de dezembro, duas datas são importantes marcos da luta pela inclusão. Em 3 de dezembro é celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e em 5 de dezembro, o Dia Nacional da Acessibilidade. O pleno exercício dos diretos das pessoas com deficiência passa pela conscientização. Uma das conquistas recentes ainda pouco conhecida, e que pode contribuir para melhorias no dia a dia das pessoas com deficiências ocultas na Universidade Federal de Lavras (UFLA), é o cordão de girassol.

A Lei n° 14.624, de 17 de julho de 2023, instituiu o cordão de girassol como um símbolo nacional de identificação de pessoas com deficiências ocultas, aquelas que não são facilmente perceptíveis, como: baixa visão, transtorno do espectro autista, depressão, doença de Parkinson e deficiências físicas não aparentes. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada sete pessoas da população mundial têm alguma deficiência e 80% delas não são aparentes.Há cerca de 900 condições reconhecidas mundialmente como deficiência oculta; muitas dessas são permanentes, mas também há condições relacionadas a tratamentos temporários, como quimioterapia, radioterapia e traumas ortopédicos.

O uso do cordão de girassol é opcional, mas ele sinaliza que a pessoa com deficiência oculta espera respeito, empatia, ajuda, ou precisa de um atendimento especial ou prioritário.  Junto com o cordão, é recomendado usar um cartão-documento de identificação, com nome, foto, descrição da deficiência e qrcode para o laudo médico.  Embora também seja opcional, a presença do cartão ajuda a evitar que o cordão seja usado indevidamente por pessoas sem deficiência oculta.

A estudante do mestrado em Ciência da Computação Débora Rossini tem uma disfunção neuro-visual conhecida como Síndrome de Irlen, que causa intensa sensibilidade ocular à luz, além de sobrecarregar sensorialmente os demais sentidos com barulhos altos, luz forte, movimento grande de pessoas e coisas ao redor. Para minimizar o problema com a luz, a estudante utiliza óculos de lente escura, mas a correção é só parcial. 

Débora utiliza o cordão de girassol com o cartão de identificação na UFLA e explica: “o tipo de atendimento prioritário que preciso é justamente para evitar ou minimizar a exposição a locais com iluminação forte, muito barulho e movimento de pessoas e coisas. E, assim, evitar o mal-estar e cansaço por esta exposição excessiva a estímulos sensoriais no ambiente”.

Assim como Débora, outros estudantes, profissionais ou frequentadores do câmpus provavelmente usam o cordão na UFLA.  Ao encontrar alguém com esse símbolo de acessibilidade, na fila do mamute, do restaurante universitário, da biblioteca, ou em qualquer outro lugar da Universidade, seja empático e dê prioridade no atendimento quando necessário.

 
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