UFLA é contemplada no Programa Institucional de Internacionalização Capes PrInt
Das 25 universidades selecionadas, apenas quatro são de Minas Gerais
Nos próximos quatro anos, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) receberá recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para a implementação do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) na pós-graduação da Universidade. O Programa contemplou 25 instituições brasileiras. Em Minas Gerais, apenas quatro foram selecionadas: UFLA, UFMG, UFV, UFU. Os projetos escolhidos iniciam em novembro.
Para participar da seleção, cada instituição de ensino apresentou um projeto de internacionalização para a pós-graduação. Era necessário ter, no mínimo, quatro programas de pós-graduação recomendados pela Capes na última Avaliação Quadrienal e, pelo menos, dois cursos de doutorado. As propostas foram analisadas por especialistas nacionais e internacionais.
O Programa financiará as seguintes demandas: auxílio para missões de trabalho no exterior, recursos para manutenção de projetos, bolsas no exterior (doutorado sanduíche, professor visitante júnior e sênior e capacitação em cursos de curta duração), bolsas no Brasil (jovem talento, professor visitante e pós-doutorado). Com essa iniciativa, a Capes pretende ampliar as ações de apoio à internacionalização na pós-graduação e o consequente aprimoramento da qualidade da produção acadêmica.
O diretor de Relações Internacionais da UFLA, professor Antônio Chalfun Júnior, relata que o projeto tem como principal objetivo consolidar as parcerias internacionais já existentes com universidades dos Estados Unidos e alguns países da Europa, como Inglaterra, França, Holanda, dentre outros. “Tudo isso, terá o intuito de melhorar a formação dos estudantes de pós-graduação (benefício direto) ou de graduação (benefício indireto), bem como a qualidade das pesquisas desenvolvidas. Outro objetivo do projeto é permitir a criação de mecanismos para ampliar a internacionalização dentro da UFLA, assim como estimular a vivência internacional da comunidade acadêmica de maneira institucionalizada”. A elaboração do projeto envolveu a Diretoria de Relações Internacionais (DRI), as pró-reitorias de Pós-Graduação, Pesquisa e Graduação, entre outras e assessorias da reitoria.
Na UFLA, o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, responsável pela proposta junto a Capes, explica que todos os programas de pós-graduação acadêmicos da Instituição, que possuem o curso de doutorado, foram consultados sobre o interesse em participar. Os programas que compuseram ao final a proposta foram: Ciência do Solo; Genética e Melhoramento de Plantas; Microbiologia Agrícola; Ciência dos Alimentos; Zootecnia; Entomologia; Fitopatologia; Fitotecnia; Agroquímica; Administração; Ciências Veterinárias; e Engenharia de Biomateriais. Todos focados em um único tema de interesse: produção de alimentos e segurança alimentar. “A UFLA é reconhecida internacionalmente como referência na geração de conhecimento científico nas diferentes cadeias ligadas à produção de alimentos de origem vegetal e animal, assim como no seu processamento, armazenagem e garantia de qualidade e segurança alimentar”, destaca o professor Rafael Pio.
O pró-reitor de Pós-Graduação salienta que a partir de um diagnóstico foi possível observar que 70% da produção científica (Web of Science), 69% das bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras na graduação, 70% dos doutorados sanduíches, 60% dos professores visitantes, 85% dos projetos de pesquisa aprovados e 80% dos acordos, convênios de dupla titulação ou cotutela de tese tiveram a participação de parceiros estrangeiros que se enquadram na grande área do conhecimento: Ciências Agrárias.
O diretor de Relações Internacionais reforça que a internacionalização da UFLA é um ponto vital que figura fortemente no planejamento da Instituição. “Existe uma política institucional de internacionalização na UFLA, criada formalmente em 2012, com o projeto de internacionalização e ações que fazem parte do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) vigente. Atualmente, existem 79 instrumentos legais de cooperação formalizados, resultado de ações conjuntas de várias pró-reitorias e a DRI, que culminam com: dupla titulação, mobilidade acadêmica, projetos de pesquisas, dentre outros. Um dos exemplos dessas ações conjuntas entre a PRPG e a DRI é o elevado número de discentes participantes do programa de doutorado sanduiche no exterior (PDSE) em instituições conveniadas com a UFLA (um dos objetivos do PrInt). Além disso, a UFLA possuía, até início de 2018, mais de 100 discentes estrangeiros matriculados nos seus cursos pós-graduação e a meta é ampliar cada vez mais”, finaliza o professor Chalfun.