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INTERNACIONALIZAÇÃO

Professoras da UFLA são convidadas a participar do curso de Pós-Graduação em Agroquímica na Universidade Save de Moçambique

Escrito por Greicielle Santos | Publicado: Segunda, 11 Abril 2022 14:38 | Última Atualização: Segunda, 11 Abril 2022 15:21
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Banca examinadora

As professoras do Instituto de Ciências Naturais da Universidade Federal de Lavras (ICN/UFLA) Maria das Graças Cardoso e  Adelir Aparecida Saczk, foram convidadas a fazer parte do Programa de Pós-Graduação em Agroquímica e Ambiente da Universidade Save em Moçambique. As docentes ministram, remotamente, as disciplinas Química Orgânica, Métodos Cromatográficos e Fitoquímica; além disso, orientam estudantes do programa de pós-graduação.

O convite foi realizado pelo reitor da Universidade Save, professor Manuel Jose de Morais, por intermédio do professor e coordenador do curso de pós-graduação da universidade moçambicana, Manuel Carlos Minez Tábua, que participou da implementação do programa com outros docentes. Manuel Tábua concluiu seu doutorado em 2018, pelo programa de Pós-Graduação em Agroquímica na UFLA (PPGAQ), e defendeu a tese intitulada “Estudo comparativo da qualidade de aguardentes Moçambicanas e Brasileiras”, sob a orientação da professora Maria das Graças Cardoso.

O ex-aluno da UFLA destaca que os ensinamentos adquiridos no decorrer de sua pós-graduação foram essenciais para sua formação profissional, bem como para a implementação do programa de pós-graduação na Universidade Save. “Eu estou muito orgulhoso pelo conhecimento adquirido no decorrer da minha formação, ele me deu base para idealizar o curso de agroquímica na Universidade em que atuo. Me sinto grato de ter as professoras Maria das Graças e Adelir como professoras do nosso programa de pós. Assim como contribuíram para minha formação, farão toda a diferença para os estudantes da nossa Universidade”, ressalta Manuel. 

A professora Maria das Graças relata ser satisfatório e engrandecedor ver um ex-orientando colocar em prática os aprendizados adquiridos na UFLA, principalmente por sua pesquisa ser de abrangência social. Ela acrescenta que o convite traz consigo uma valorização profissional, além de possibilitar uma interação entre as universidades, ampliando ainda mais o processo de internacionalização. 

“Está programada uma visita dos estudantes de Save à UFLA, e nós também iremos conhecer a Universidade Save e seus laboratórios. Esse intercâmbio é fundamental para a troca de experiências e conhecimento sobre a temática”, destaca. 

Para a professora Adelir, será uma grande oportunidade participar como docente e orientar discentes no Programa de Pós-Graduação em Agroquímica e Ambiente da Universidade Save em Moçambique. “Parabenizo o professor Manuel Carlos pela iniciativa de buscar novas oportunidades para a educação superior de seu país”, afirma.

Pesquisa

O professor moçambicano que concluiu o doutorado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), Manuel Carlos Minez Tábua, foi o primeiro estudante estrangeiro do Programa de Pós-Graduação em Agroquímica da UFLA, selecionado pelo Programa de Bolsas Brasil PAEC OEA-GCUB e sua pesquisa foi financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Sua tese intitulada “Estudo comparativo da qualidade de aguardentes Moçambicanas e Brasileiras” teve o intuito de colaborar para projeto social em Moçambique, pois em seu país o consumo de aguardente é motivo para preocupações. Segundo ele, as condições sociais levam a população a um consumo exagerado da bebida, alcançando inclusive crianças.

O alto consumo, aliado ao fato de que a cadeia produtiva da aguardente seguem padrões muito caseiros e tradicionais, carentes de critérios de qualidade, traz grandes riscos aos consumidores. Esse cenário levou Manuel a desenvolver, na UFLA, uma pesquisa que permitiu comparar a qualidade da aguardente de Moçambique com as cachaças produzidas no Brasil. Os resultados confirmaram que há motivos para que o tema ganhe atenção.

Ao utilizar os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ’s) para a cachaça adotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Brasil, o pesquisador fez análises nas aguardentes de Moçambique, que revelaram a presença de contaminantes que trazem grandes riscos à saúde. Identificou-se excesso de acidez, metanol, cobre, aldeído, carbamato de etila e outras substâncias.

Leia a matéria na íntegra e confira o vídeo sobre a pesquisa.

 
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