Ex-aluna da UFLA é premiada na 3ª edição do Programa 25 Mulheres na Ciência América Latina
A engenheira agrônoma Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de Oliveira, mestre em Ciência e Tecnologia da Madeira e doutorado em Engenharia de Biomateriais pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi premiada na 3ª edição do Programa 25 Mulheres na Ciência América Latina, promovido pela 3M Ciência Aplicada à vida.
A pesquisadora recebeu o prêmio pelo projeto realizado na Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com o Departamento de Engenharia de Biomateriais da UFLA. A pesquisadora conseguiu produzir painéis com fibra de bambu e nanopartículas de celulose de torta de mamona que substituem adesivos tóxicos.
Bárbara conta que desde sua infância era uma criança questionadora, e buscava a mesma liberdade e oportunidades que eram concedidas aos homens. Determinada a ir além e encontrar soluções para os problemas da sociedade, ela decidiu se tornar cientista. Sua jornada começou quando ingressou na UFLA, dando os primeiros passos em direção ao seu sonho.
Ainda na graduação, Bárbara tornou-se mãe. Apesar das dificuldades, perseverou e alcançou o sucesso ao concluir seu mestrado e doutorado. "Após o doutorado, fiquei desempregada por dois anos. Às vezes eu trabalhava como garçonete para pagar minhas despesas mínimas. Eu estava muito triste, mas nunca desisti. Eu precisava de uma chance e graças à Deus em 2019 voltei à pesquisa. Se Deus quiser, nunca desistirei", ressalta Bárbara.
Premiação
A premiação selecionou 25 mulheres cientistas da América Latina, que estão mudando o mundo nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. O prêmio considerou os seguintes critérios: impacto social potencial direto ou indireto do projeto na América Latina (número de pessoas ou coletivos impactados, assim como em profundidade), nível de inovação, viabilidade (de uma perspectiva técnica, econômica e organizacional), maturidade da ideia (demonstrada por meio dos resultados de testes piloto) e experiência (a capacidade e o potencial dos candidatos). Dentre essas 25 mulheres, oito foram brasileiras.
Foram mais de 1.700 projetos registrados e mais de 300 finalistas. Nesta terceira edição, participaram candidatas de diferentes países, que apresentaram seus projetos a um júri formado por acadêmicos, líderes e especialistas em indústrias científicas, que juntamente com os cientistas da 3M selecionaram as cientistas mais destacadas de alguns países da América Latina