Professor emérito da UFLA é finalista do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação
O professor emérito da UFLA José Oswaldo Siqueira foi um dos finalistas da segunda edição do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação "Professora Odete Fátima Machado da Silveira". A premiação tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A cerimônia de premiação foi realizada na quinta-feira (23/3), durante a programação do Fórum Nacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), com a presença do presidente do CNPq, professor Ricardo Galvão e, do presidente da Confap, professor Odir Antônio Dellagostin.
O professor José Oswaldo ficou com a segunda colocação na categoria Pesquisador Destaque - Ciências da Vida. O prêmio é um reconhecimento pela contribuição ao desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. A indicação do seu nome foi feita pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Nessa mesma categoria, José Oswaldo dividiu a premiação com a professora Helena Bonciani Nader, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Eliana Martins Lima (Universidade Federal de Goiás)
Em fala sobre o prêmio recebido, o professor José Oswaldo destacou a honra de dividir o reconhecimento com pesquisadoras renomadas e de seu nome ter sido indicado pela Fapemig, fundação da qual fez parte desde a primeira Câmara Técnica e, depois, como membro do Conselho Curador. Ressaltou a alegria de constatar a consolidação e o grau de maturidade das Faps, hoje reunidas no Confap, com ampla agenda descentralizada de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nos Estados. Para além do caráter pessoal, reforçou que o reconhecimento pode ser estendido para as Ciências Agrárias, tendo sido merecidamente destacada na grande área Ciências da Vida. “Foi mais uma conquista para a UFLA e para Minas Gerais”, considerou.
Trajetória reconhecida
Pela UFLA, o professor José Oswaldo cumpriu uma longa e destacada trajetória, desde a sua graduação em Engenharia Agronômica, pela então Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal), até a conquista do título de professor emérito, em 2011. Ao longo de mais de quatro décadas, orientou cerca de 150 estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Prelecionista destacado em eventos científicos nacionais e internacionais, reconhecido como referência em Ciência do Solo/Microbiologia e Biotecnologia, com atuação em Biossegurança Ambiental, Degradação e Recuperação Ambiental. É bolsista de produtividade sênior do CNPq, tendo publicado 275 artigos científicos, 15 livros, 40 capítulos e sete patentes registradas nos Estados Unidos. Seu índice h é 59, com mais de 14700 citações no Google Scholar Index.
Além da carreira acadêmica reconhecida em dezenas de títulos e prêmios, ainda na UFLA foi coordenador do curso de Pós-Graduação em Ciência do Solo (nota 7 na Capes) e pró-reitor de Pesquisa. O professor José Oswaldo também é reconhecido pela atuação em instituições nacionais de C&T e no setor privado. No CNPq, foi diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, com importante atuação na construção do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e na idealização dos Institutos Nacionais de Ciência e tecnologia (INCTs). Também foi membro do Conselho Técnico-Científico e representante da área de Ciências Agrárias da CAPES/MEC. Nos últimos anos, se dedicou como consultor em gestão de C&T, projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, além de processos de inovação para o setor público e indústria.
Atualmente, é coordenador de um projeto de Pós-Doutoramento na UFLA, no Programa Ciência do Solo, na temática transição da agricultura tradicional para a agricultura regenerativa na cultura do cafeeiro.
Para o pró-reitor de Pesquisa da UFLA, professor Luciano José Pereira, o prêmio é um reconhecimento a um pesquisador de grande relevância para a UFLA e para o Brasil. “A carreira do professor José Oswaldo é inspiração e um enorme legado para as novas gerações. É um professor e pesquisador muito atuante e uma pessoa muito generosa no compartilhamento do conhecimento. É mais um reconhecimento para uma carreira laureada de prêmios e realizações em prol da Ciência”, considerou.
Crédito das fotos: Chico Max - Divulgação Confap