UFLA realiza IV Simpósio Brasileiro de Batata-Doce e lança nova cultivar de polpa roxa
Nos dias 13 e 14/4, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) realizou o IV Simpósio Brasileiro de Batata-Doce. O evento reuniu pesquisadores, técnicos e especialistas, e também foi voltado para produtores rurais. Durante o simpósio, houve o lançamento, pela UFLA, de uma nova cultivar de batata-doce de polpa roxa, que já se encontra registrada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O evento possibilitou a discussão de diversas abordagens relacionadas à cultura da batata-doce, especialmente no tocante ao melhoramento genético da planta. Entre os destaques da programação estiveram os usos potenciais e os novos desafios da utilização da batata-doce na alimentação humana e animal, no processamento industrial e para fins ornamentais, a partir do desenvolvimento de cultivares com características superiores para atender esses nichos. Os resultados obtidos com as pesquisas nessas áreas foram compartilhados por meio de palestras, mesas-redondas e minicursos.
O vice-reitor e coordenador do simpósio, professor Valter Carvalho de Andrade Junior, destaca que “esse evento é muito importante, pois traz para dentro da Universidade produtores rurais, professores, estudantes e pesquisadores, em conjunto, para discutir todos os desafios e oportunidades da produção de batata-doce, levando, dessa maneira, a Universidade para mais próximo da sociedade”.
O evento foi organizado pela Escola de Ciências Agrárias (Esal/UFLA) e teve a participação de instituições parceiras, como:Universidade Federal de Viçosa (UFV), Embrapa Hortaliças, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Universidade Estadual Paulista (Unespe) e West Virginia University (WVU/EUA).
Saiba mais sobre a nova cultivar
A batata-doce desenvolvida e registrada no Mapa pela UFLA é altamente produtiva, com raízes de coloração roxa intensa e de sabor bastante agradável. Rica em antioxidantes e biofortificada geneticamente, é indicada para o consumo humano e uso agroindustrial, com elevado teor de matéria seca em suas raízes (36%). Também é altamente tolerante às principais pragas de solo e apresenta características que permitem seu uso paisagístico, como plantios em vasos pendentes e de chão, tutorado ou em canteiros.
Ela é recomendada para cultivos de verão na região Sul de Minas Gerais, com o uso de irrigação suplementar, caso necessário. Sob estas condições, a cultivar apresenta potencial de produtividade de raízes acima de 39 toneladas por hectare.
Assista ao vídeo e confira as fotos do evento