UFLA receberá mais de 9 milhões para investir em estruturas avançadas de pesquisa
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi contemplada com 9.382.714,64 milhões de reais em edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para apoio a centros nacionais de infraestrutura científica e tecnológica de caráter temático. A proposta selecionada é composta por subprojetos para a implementação de inovações tecnológicas em dois laboratórios multiusuários, estruturas compartilhadas não só por diferentes cursos da instituição, como também por instituições parceiras.
O Laboratório de Microscopia Eletrônica e Análise Ultraestrutural receberá 6,9 milhões para a aquisição de um Sistema de Microscopia 3D de Raios X (MicroCT). O equipamento, inédito no sul de Minas, é capaz de gerar imagens de alta resolução em duas dimensões, bem como imagens sequenciais e em reconstruções tridimensionais, tudo isso utilizando baixas doses de radiação de raios X.
“Com esse equipamento, será possível, por exemplo, impulsionar o avanço de estudos que abrangem análises morfológicas de vegetais, sementes, fitopatógenos, frutos e insetos de interesse para a produção agrícola nacional, além de embriões em ovos, alimentos, insetos, rochas, dentes, ossos, bem como pequenos animais, como peixes e roedores (camundongos, ratos) e espécimes sintéticos envolvendo polímeros, microchips e biomateriais”, explica o coordenador do projeto, professor Eduardo Alves.
A equipe do projeto é composta por mais nove docentes, de diferentes unidades da UFLA: Luciano Pereira, Geraldo Carvalho, Fátima Moreira, Rafael Pio, Édila von Pinho, Evaristo de Castro, Lourival Mendes, Luiz Roberto Guilherme e Luis Murgas.
Já o Laboratório Multiusuário de Microbiologia de Fermentações receberá cerca de 2,3 milhões de reais para a aquisição de um sistema de secagem a frio e outro com aumento de calor. Os equipamentos irão contribuir para a estabilização de microrganismos eficientes na agroindústria, com auxílio das técnicas de microencapsulação e nanotecnologia para proteção e viabilidade desses microrganismos que serão utilizados nos processos fermentativos. A inteligência artificial será integrada, acoplando um cluster e desktops de alta capacidade para modelagem matemática para otimização dos processos de secagem microbiana.
“Novos produtos e alimentos poderão ser desenvolvidos com potencial de patenteamento e de transferência da tecnologia para o setor produtivo. Além disso, com esse incremento de equipamentos, será possível capacitar e ministrar cursos em técnicas de fermentação e inteligência artificial para produtores e consumidores em geral, oferecendo ferramentas de análises para empresas públicas e privadas de base tecnológica”, explica a coordenadora do projeto, professora Rosane Schwan.
A equipe é composta por mais nove docentes da UFLA: Disney Dias, Joyce Doria, Moacir Pasqual, Carla Avila, Danton Ferreira, Bruno Barbosa, Eustaquio Dias, Tatiana Bufalo, Maria das Graças Cardoso.