Labmol/UFLA detecta sorotipo 3 do vírus da dengue na região e reforça recomendações de prevenção à doença
O Laboratório de Diagnóstico Molecular da UFLA (LabMol/UFLA) detectou a primeira amostra positiva para o sorotipo 3 do vírus da dengue (DENV3) na macrorregião atendida pela Superintendência Regional de Saúde de Varginha (SRSV). O fato serve de alerta para a saúde pública e para toda a comunidade, por se tratar de um sorotipo ao qual grande parcela da população pode estar susceptível, já que essa variante não vinha circulando no Brasil há alguns anos. Os casos de DENV3 começaram a aumentar no País em fins de 2024.
O LabMol é vinculado à Faculdade de Ciências da Saúde UFLA e credenciado à Fundação Ezequiel Dias (Funed) para realização e liberação de exames das cidades abrangidas pela SRSV, segundo critérios e demandas definidos pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Causada pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue pode manifestar-se de formas leves até quadros graves. De acordo com o coordenador-geral do LabMol, professor Bruno Del Bianco Borges, a circulação do sorotipo DENV3 na região é motivo de atenção. "Muitos podem não ter imunidade contra esse sorotipo, elevando o risco do aumento de casos e de complicações mais sérias", explica.
"A identificação do DENV3 nos exames feitos pelo laboratório da UFLA reforça a importância de mantermos práticas de prevenção, como a eliminação de criadouros que favorecem a proliferação do vetor, o uso de repelentes e a instalação de telas de proteção em residências", complementa o professor.
As informações geradas pelo LabMol auxiliam as autoridades de saúde a planejarem ações para orientar a população de forma precisa, enfatizando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Reforço à prevenção
A principal forma de prevenção contra a dengue é impedir a reprodução do mosquito, que deposita seus ovos em locais com água parada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), medidas simples são muito eficazes:
Tampar caixas d’água e cisternas;
Esvaziar e limpar semanalmente recipientes como vasos de plantas, garrafas e pneus;
Evitar água parada no quintal de casa;
Cobrar dos órgãos públicos a limpeza adequada de seu bairro, de modo a evitar lotes vagos com entulhos e possíveis focos do mosquito;
Participar da fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para se proteger do mosquito, é recomendado:
Usar repelentes, preferencialmente aqueles que possuem o selo da Anvisa;
Usar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
Vacinar-se: o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. Portanto, se a vacina estiver disponível no seu município e para o seu grupo, não deixe de procurar o PSF para tomá-la.
Pessoas que apresentarem sintomas como febre alta, dores intensas, mal-estar e desconforto geral devem procurar imediatamente atendimento médico, garantindo um diagnóstico precoce e o tratamento adequado.