Cascas de açaí e castanha viram biochar: pesquisa da UFLA transforma resíduos amazônicos em energia limpa
Diante da crescente preocupação com as mudanças climáticas, um novo estudo da Universidade Federal de Lavras (UFLA) revela uma abordagem inovadora para transformar resíduos agroindustriais da Amazônia em carvão vegetal, fonte de energia renovável. A pesquisa foca na casca da castanha-do-pará e nos restos do açaí, ambos amplamente descartados, mas que têm um alto potencial energético.
Por meio de um processo chamado pirólise (aquecimento controlado, realizado sem oxigênio, que resulta em um produto com propriedades energéticas otimizadas), esses resíduos são convertidos em biochar, um biocombustível sólido que promete melhorar a eficiência energética e minimizar os impactos ambientais.
Os resultados mostraram que o resíduo de açaí possui um poder calorífico superior (PCS) a 19,77 MJ/kg, ao passo que a casca de castanha alcança 21,07 MJ/kg. Isso significa que esses materiais têm um alto potencial energético para ser explorado, superando o poder energético de muitos biomateriais convencionais. Além disso, o biochar apresenta maior estabilidade térmica e menor teor de voláteis, o que pode torná-lo uma opção viável e eficiente para substituir combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e óleo diesel.
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