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Má colocação de pronomes:             Uma das falhas mais comuns no texto é a má colocação dos pronomes oblíquos (o, a, os, as, lhe, me, se,...). Nos exemplos seguintes, a boa colocação aparece entre parênteses. “Não ficarão órfãs porque deixei-as já adultas ...” (porque as deixei) “... quando transferiu-se para ...” (quando se transferiu) “ ... havia formado-se ...” (havia-se formado ou havia se formado) “... há os que acham que deve-se implantar...” . (que se deve) “... chamarei-a de a descoberta da ...” (chamá-la-ei ou a chamarei) “... como manda-o...” (como o manda) “... assim é que nós colocamos-lhe...” (que nós lhe colocamos) Nesses casos, os pronomes oblíquos átonos são atraídos na oração para antes do verbo por palavras negativas e advérbios (não, nem, ainda, bastante, talvez, tanto...); conjunções (quando, enquanto, se...); pronomes relativos (que, nem, cujo...); pronomes pessoais (eu, tu...). Jamais o pronome vem depois de verbos no particípio passado (formado, partido), no futuro do indicativo (caberá) ou do futuro do pretérito, o velho condicional (caberia). Nos casos em que não houver atração, será “havia-se formado”, “caber-lhe-ia”.   Escrever como fala: Comunicação escrita e oral são muito diferentes. A linguagem escrita tem de ser mais elaborada, mais clara, mais definida, mais contida do que a oral. Ela não conta com os recursos do gesto, do tom, da mímica, das pausas, das repetições comuns à linguagem oral, é claro. Claro também que quem fala tem o ouvinte à frente e se dirige a um público definido num contexto determinado. Por tudo isso não se deve escrever como se fala, com as repetições e as ênfases naturais à expressão oral. Pelo menos do ponto de vista da norma culta. O fato é que escrever e falar bem e agradar ao público ou destinatário certo constituem quase sempre um trabalho difícil, que exige empenho permanente.   Paulo Roberto Ribeiro - Ascom