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Os adjetivos bom, necessário, preciso e proibido, entre outros, em função predicativa e antepostos ao sujeito, ficam invariáveis (ou seja, no masculino singular) quando o sujeito da oração constitui-se de substantivo usado de forma indeterminada, de modo vago ou geral, portanto sem artigo definido. Temos abaixo alguns exemplos: 1) Água pura é bom para tudo. 2) Cerveja é gostoso no verão. 3) É necessário muita fé, antes de mais nada. 4) É proibido entrada de pessoas estranhas. 5) É preciso qualidades de modelo para ser elegante? 6) É preciso consciência.   Desde que haja a determinação (com o artigo definido ou pronome), a concordância é exigida, dizem os manuais de gramática.   1) A água que bebemos é boa. 2) É gostosa essa cerveja. 3) É necessária toda a fé possível para se chegar ao céu. 4) É proibida a entrada de pessoas estranhas. 5) São precisas as seguintes qualidades para figurar na lista das 10 mais. 6) É precisa a consciência de uma criança para ser feliz.   Até o número 4 temos frases usuais, de uso corrente. Mas as construções 5 e 6 soam completamente artificiais. O que se pode concluir, então, é que no português brasileiro não se costuma flexionar o adjetivo “preciso” quando anteposto ao sujeito. Nós até flexionamos seu similar “necessário”, mas não o adjetivo “preciso”, que sempre tem uma implicação de neutralidade. Comprove-se o fato:   É preciso as seguintes qualidades para figurar na lista das 10 mais. É preciso a consciência de uma criança para ser feliz.   Ou se usa o adjetivo assim no neutro, ou se faz a substituição:   São necessárias as seguintes qualidades para figurar na lista das 10 mais. É necessária a consciência de uma criança para ser feliz.   Fonte: www.linguabrasil.com.br Paulo Roberto Ribeiro