Institucional
Ensino
Extensão
Há poucos anos não passava pela cabeça de ninguém a possibilidade concreta de uma mulher ostentar, de fato, a faixa verde-amarela. Falava-se no assunto
como hipótese utópica. Até chegar lá… Ops! Chegamos. O número de eleitoras ultrapassou o de eleitores. O voto feminino passou a ser disputado a tapa.
Tudo começou com o movimento feminista. Nos anos sessenta, as mulheres foram à luta. Queriam os mesmos direitos que os homens. Abusaram dos trajes masculinos. Desfilaram barrigas grávidas. Queimaram sutiãs em praça pública. Não deu outra. Conquistaram a universidade e o mercado de trabalho. Sentaram-se no Parlamento. Vestiram togas. Engrossaram as fileiras das Forças Armadas. Ocupar o Palácio do Planalto era questão de tempo. Não é mais.
Ao longo da ascensão, outra batalha corria solta. O alvo foi a língua. “O português é machista”, decretaram elas sem ligar pra injustiça. A razão: ao englobar os gêneros, a palavra fica no masculino plural. “Meus filhos” inclui os filhos e as filhas. “Os devedores” abarca as devedoras e os devedores. A luta pelo gênero se impôs.
José Sarney percebeu a virada. “Brasileiras e brasileiros”, saudava ele. Homens e mulheres acharam a novidade simpática. O SBT aproveitou a onda. Pôs no ar a novela com o mesmo bordão. A partir daí, distinguir o gênero deixou de ser gesto de simpatia. Virou obrigação. “Meus amigos e minhas amigas”, dizia FHC. “Senhores deputados e senhoras deputadas”, cumprimentava Aécio Neves. “Caros senadores e caras senadoras”, bradavam Suas Excelências da tribuna.
De obrigação passou a obsessão. Hoje, não faltam situações como estas: “Pedimos aos presentes e às presentes que se levantem”. “Os estudantes e as estudantes devem usar uniforme.” “Os debatedores e as debatedoras chegarão ao meio-dia.” Nos convites, todo o cuidado é pouco. A consagrada fórmula “senhor e senhora Paulo Silva” provoca o furor delas. Melhor optar por “senhor Paulo Silva e senhora Maria Silva”.
Reações ao exagero não faltam. Millôr Fernandes dirige-se às “pessoas e pessoos”. Veríssimo fala em “povo e pova”. Aumenta o número dos temerosos de que cheguemos ao absurdo de distinguir “humanidade e mulheridade” e “seres humano e mulherano”. Daí a conclusão dos críticos: “Está certo que a língua é viva. Mas isso cheira a Odorico Paraguassu”. E daí? O dicionário registra os femininos presidente e presidenta. Você decide.
Distinguir o masculino e o feminino não é questão de correção gramatical. Brasileiros refere-se a homens e mulheres nascidos nesta alegre Pindorama. Gramaticalmente recebe nota 10. Mas escorrega no femininamente correto. A razão é simples. Esconde a mulher. Deixa-a sem espaço. No discurso, a modernidade recomenda usar o masculino e o feminino. Dando visibilidade a ele e a ela, marca-se, na fala, a igualdade dos dois gêneros,o que, na realidade, é uma chatice. Gênero é uma questão mais abrangente e grandiosa.
Dad Squarisi (adaptado)
Paulo Roberto Ribeiro
Ascom
Pesquisa
Internacionalização

UFLA abre inscrições para intercâmbio internacional no segundo semestre de 2025
Últimas Notícias
- Abertas as inscrições para credenciamento de professores e técnicos para atuação em bancas organizadas pela Cops 17/03/25 16:32
- UFLA recebe novos discentes da pós-graduação em cerimônia 17/03/25 16:21
- UFLA recebe 78 estudantes internacionais para o semestre letivo 2025/1 17/03/25 12:25
- UFLA recebe estudantes para início do semestre letivo 2025/1 e promove semana de recepção de calouros 17/03/25 9:18
- Inscrições abertas para representante de Políticas de EDI no Conselho de Extensão, Esporte e Cultura da UFLA 17/03/25 8:06
- Fechamento do Ciuni nos dias 15 e 16 de março 14/03/25 17:36
- Centro de Idiomas tem nova oferta de cursos de inglês para a comunidade UFLA 14/03/25 16:08