Na semana em que celebramos o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia (17 de maio), o #EmbaixadoresUFLA traz o relato da mestra em Educação pela #UFLA Kesley Carvalho. Que todas as pessoas tenham seus direitos garantidos e possam ocupar os espaços que desejarem. O mundo é diverso e plural! 🏳️🌈
Kesley Carvalho tem 40 anos e tornou-se mestra em Educação pela #UFLA em 2020. É graduada em Letras – Língua Portuguesa pela Universidade Paulista (UNIP) e hoje é servidora estadual efetiva, lecionando aulas de Língua Portuguesa em uma escola pública. A professora atende também alunos em aulas particulares com o intuito de ajudá-los na preparação para processos seletivos como concursos públicos, vestibulares e Enem.
Veja só seu relato sobre a vivência aqui na #UFLA e o conselho para os novos estudantes:
“A UFLA contribuiu decisiva e favoravelmente para que eu tivesse uma exímia formação intelectual, humana e cidadã. Proporcionou-me, também, um ensino sólido, reflexivo e transformador, tanto da minha quanto das outras realidades. Durante minha jornada na #UFLA, pude participar do Programa Docência Voluntária. À época, ministrei a disciplina Linguagem, Leitura e Produção de textos no curso de Pedagogia, tornando-me, provavelmente, a primeira mulher transexual a lecionar na Instituição. Fui convidada também a palestrar em diversos eventos: destaco, aqui, o Mulheres na Ciência e a gravação de um vídeo para os canais de comunicação da UFLA referente ao dia da Visibilidade Trans. Sinto falta do convívio com os meus professores, com os quais muito aprendi. A eles, meus agradecimentos, em especial aos meus orientadores, Helena Maria Ferreira e Marco Antônio Villarta-Nader, que muito me incentivaram. Sinto também falta dos meus colegas da turma: recebam a minha gratidão pelos afetos, acolhidas, apoios, partilhas… Saudades imensas das atividades extracurriculares e dos eventos acadêmicos, em geral. Quantos aprendizados me disponibilizaram!
Hoje, me considero uma profissional realizada, pois sou resultado de um processo de ensino e aprendizagem pautado num percurso formativo potencializador. Sou grata à UFLA por me ter possibilitado saberes e práticas que significativamente orientam o meu ser e fazer docente. Aos novos estudantes: aproveitem bem as oportunidades que lhes forem oferecidas pela Universidade; participem de eventos como congressos, simpósios, de projetos de extensão, de grupos de estudos e de pesquisas, atividades essas fundamentais que são para os seus processos de formação. Quero direcionar a minha mensagem em especial às pessoas transgêneras, em particular às mulheres trans e travestis, a quem busco representar, ciente dos desafios e das responsabilidades: perseverem em seus estudos e propósitos; façam isso por vocês e também por aquelas e aqueles que se espelham em nós e que pretendem ingressar nesta Universidade tão diversa. A educação também é o nosso lugar.”